NINHO DE VÍBORAS
Já começaram as acotoveladas no PAIGC. Só esperamos que isso não extravase para a rua e atinja novamente o povo. Pelo menos três alas inimigas e juradas de morte, se digladiam.
Não podemos descrever os seus protagonistas, sob pena de vos faltar a verdade. Pois, a situação política interna é volátil e os grupos se posicionam em função de “quem dá mais”, e nunca de quem sabe melhor.
A ala mais depravada é aquela que encontrou acolhimento em Portugal. É um polvo gigante representado, internamente, pelo primeiro vice-presidente do PAIGC, Manuel Saturnino da Costa e Carmen Pereira. que já enviou mensagem de boicote ao Presidente de Transição, solicitando a renúncia dos cargos por parte dos ministros afetos ao seu partido.
É a velha máxima: “se ela não vai ficar comigo não vai com mais ninguém”! Só lhes resta praticar a barbárie, a subversão, para legitimar as suas pretensões egocêntricas.
Já protelou por sexta vez o seu congresso, que se prevê cálido como o de Cassacá. A desculpa tem sido a falta de verbas. Não deixa de ser uma desculpa esfarrapada, vinda de um partido que governou o país durante 40 anos. A verdade é que o feitiço virou contra o feiticeiro! Como sempre seguiram o caminho de "L'État c'est moi", agora só lhes resta estender a mão às ajudas externas dos partidos ditos amigos.
Vimos-lhes em peregrinações a Dakar e a Luanda, encabeçadas por Carlos Correia e Cipriano Cassamá, com esse vergonhoso fito. Já agora porquê que não dirigem o mesmo pedido ao PAICV, partido (supostamente) irmão?
Este PAIGC que assistimos o definhamento veloz neste preciso momento, traiu e de que maneira, os ideais de Cabral. Tornou-se um “comité“ de comerciantes e djilas. De gente que nem uma única frase de Cabral sabe interpretar!
Os seus governantes são ao mesmo tempo “empresários”, que também nunca pagam impostos ao Estado e muito menos a dívida que dele contraíram. “Promiscuidades” que nem no ultraliberalismo acontecem. Os seus militantes cultivam um “estrangeirismo” balofo que colide, intencionalmente, com as culturas dos povos da nossa terra.
Pelas candidaturas que gravitam pela sua liderança se vê o grau da decadência a que chegou o partido que no pretérito dia 19 de Setembro de 1956, Cabral e seus camaradas, o fundaram para a libertação dos nossos povos na Guiné e Cabo Verde.
Kussas na bin
Doka Internacional
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