sábado, 12 de outubro de 2013

Guiné-Bissau: Alegações de Raptos, a Conspiração, e o Medo

Umaro Djau

Haverá casos de rapto de crianças? Haverá uma única queixa já apresentada às autoridades judiciais sobre eventuais raptos de crianças na Guiné-Bissau?  As autoridades civis, policiais e militares do país são unânimes: “não”, respondem. 

Por Umaro Djau, Editor, GBissau.com

Bissau (GBissau.com, 12 de Outubro de 2013) – Mesmo assim, medidas preventivas estão em marcha, face aos rumores levantados nos últimos dias pela população guineense, sobretudo pelos residentes de Bissau. As autoridades do país já criaram um Comité Técnico do Ministério Público para se inteirar, no terreno, sobre as alegações de rapto de crianças.
Este comité é composto por membros da camada judicial, das instanciais policiais, assim como da sociedade civil guineense. Pretendem tomar “todas as diligências” junto da população para saber se de facto existem ou não casos de rapto, revelou uma fonte com o conhecimento do assunto.
Durante esta sexta-feira, várias reuniões tiveram lugar em Bissau para acertar uma estratégia comum sobre a forma mais eficaz de apurar a veracidade ou não das alegações sobre a existência de uma rede de traficantes de crianças na Guiné-Bissau.
Vista do sítio à volta da embaixada nigeriana, em Bissau
Vista do sítio à volta da embaixada nigeriana, em Bissau
Tais suspeitas resultaram na morte de um cidadão nigeriano. A vítima mortal era um comerciante nigeriano e tinha 35 anos de idade, revelaram as autoridades guineenses. De acordo com as mesmas, o malogrado teria sido agredido até à morte no bairro de Massacobra (arredores de Bissau), depois de lançados rumores na capital de que cidadãos nigerianos estariam a raptar crianças.
48 horas depois, as autoridades judiciais da Guiné-Bissau indiciam doze (12) pessoas, suspeitas de terem participado no “linchamento mortal e incitação à violência e ódio xenófobo”, conforme um despacho do Procurador-Geral da República da Guiné-Bissau, Abdú Mané.

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