FEITIÇO CONTRA O FEITIÇEIRO?
A propósito do clima crispação política entre Angola e Portugal, o Procurador-Geral da Republica de Angola, Dr. João Maria de Sousa, deu uma entrevista em Cabo verde no dia 20 do corrente mês. Entre muitas coisas, disse:
“(…) Afinal de contas, este tipo de casos são tratados na imprensa para que as pessoas visadas sejam completamente arrasadas no seu bom-nome, na sua imagem e na sua dignidade, e se formos a ver, esses processos, que em alguns casos constituem meros expedientes administrativos, são depois arquivados mas o mal que já foi feito permanece e os visados nunca mais se livram da imagem negativa que lhe foi imputada. É disto que deriva a revolta dos angolanos. E não obstante o meu cargo de Procurador-Geral da República de Angola, não deixo de ser um cidadão angolano, um patriota, e como tal não posso pactuar com situações que lesam a dignidade dos angolanos (...)”
Portanto, não posso deixar de manifestar a minha total solidariedade com as palavras de Sua Excelência, senhor Procurador-Geral da Republica de Angola. Comungo exatamente do mesmo sentimento de revolta. Afinal todo o ser humano tem direito ao seu bom-nome, honra e dignidade. Tenho suportado dentro do meu peito os mesmos sentimentos de indignação.
Também não posso pactuar com situações que lesam a dignidade dos guineenses, alvos de calúnia e difamação na praça pública contra o meu Estado. Refiro-me a campanha desenfreada levada a cabo pela imprensa de alguns países da CPLP, conotando a Guiné-Bissau ao narco-Estado. Imputação mentirosa que comandou, inclusivamente, à violação do território nacional pelos agentes americanos do combate ao narcotráfico (DEA), coadjuvados pelos cabo-verdianos, Sonangol e GAPL, e, consequentemente, à captura de Bubo Na Tchuto.
Ai, como tudo isto arde aqui dentro de mim… Mas, adiante… havemos de chegar!
Doka Internacional
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