terça-feira, 14 de janeiro de 2020

RECONHECER A REALIDADE POLITICA. 

Por: nick jalo jalo

Sinceramente, eu estava convencido de que o bom senso ia reinar neste PAIGC di tchepen di Zambrano, pabia ami i di sumbuia, afinal eu estava redondamente enganado e subestimava o nível da ambição de poder do seu líder e da sua “entourage”. 

Independentemente das formalidades omissas, cumpridas ou por cumprir, como é que a liderança do PAIGC pensa que a CNE pode e deve atribuir a esse partido os votos do povo, como se esses votos fossem mercadorias da pertença do órgão encarregue da de gestão eleitoral? 

O PAIGC é um grande partido, apesar do facto de não ter registrado grandes progressos na implementação o seu Programa Maior durante os anos de exercício do poder político, por razões de vária ordem, e hoje invadido por aqueles que ontem foram os seus mais críticos, alguns dos quais passavam todo o tempo a proferir “grosseirices” em direcção aos seus responsáveis máximos. 

Esses arrivistas, aliados a uma certa podridão interna, é que ditam agora as regras do jogo, alguns desempenhando cargos para os quais não estão habilitados – conselheiros! Só porque eta bajula, eta tchutchitchutchi, soi-disant empresários, endividados até aos dentes. 

Do que o PAIGC precisa é de voltar às mãos dos donos, daqueles que o podem salvar do naufrágio para se reconstruir e recuperar o tempo perdido, porquanto tem todas as condições para um “comeback” e reparar todos males cometidos sobre este povo. 

Os princípios do PAIGC ainda permanecem intactos e actuais, e existem no seu seio homens e mulheres prontos a se sacrificarem para servirem o povo, através dos cargos no aparelho do Estado, e não para se servirem do Estado, como tem sido o caso em relação a muitos dos seus membros e aos membros dos outros partidos que exercerem altos cargos e que hoje descarada e impunemente ostentam riquezas acumuladas ilicitamente. 

O PAIGC não precisa estar nesta puxa-puxa porque sabe muito bem que o povo não votou nele, por razões óbvias, e nem lhe vão ser revertidos administrativamente os votos do USE, porque foram cometidos erros graves na gestão da sua militância, além de ter instituído no seu seio a cultura elitista, discriminatória e selectiva. A derrota do candidato do PAIGC resultou do acumular 

De erros de palmatória que não serão facilmente esquecidos pelas vítimas desses erros e não só. 

Não obstante, às vezes sou levado a concordar com o seu líder, porque de facto perante todos esses partidos, o PAIGC continua a ser incontornável, mas essa incontornabilidade passa obrigatoriamente pela reassunção pelos seus militantes daqueles valores que o fizeram no passado um partido em que todos os Guineenses se reviam, e não um partido de meia-dúzia de oportunistas, cujos interesses são apenas de se protegerem de imunidades para não pagarem pelos crimes que cometem. 

O Umaro Sissoco Embalo ganhou as eleições, e não vou repetir para dizer que mesmo que essas eleições fossem repetidas mil e uma vezes, o candidato do PAIGC iria sair derrotado, porque depois de todos esses anos de estagnação o povo sentiu a necessidade de escolher a mudança. 

Por isso, uma vez que é ao PAIGC que incumbe a governação por ter ganho as legislativas ainda que com uma maioria relativa, salvo se não conseguir garantir a estabilidade parlamentar e governativa, a liderança desse partido devia reflectir seriamente sobre as razões que levaram a este desaire e reorganizar-se para os futuros embates políticos, em vez de perder inutilmente o seu tempo em reivindicações que não o dignificam. 

Aqui nem se deve falar de aceitar ou não os resultados porque o povo já decidiu, mas sim aconselhar mui modestamente a liderança do PAIGC para mudar de estratégia, porque esta que está a ser ensaiada tem os dias contados, porque, com toda a consideração pelo presidente cessante, mas o USE não e o JOMAV. 

O eleito Presidente da Republica chama-se Umaro Sissoco Embalo, Embalocunda de raiz e não adoptado, de família real, que tem a clara noção do exercício do poder. Por isso, tentar fazer comparações só vai resultar em frustrações, razão pela qual aconselha-se que esse ensaio seja abandonado porque a Guiné-Bissau nos próximos cinco anos de presidência do USE vai viver na paz e estabilidade e as instituições da Republica vão funcionar com toda a normalidade. 

Abandonem as estratégias de bloqueio, como aconteceu com a presidência do JOMAV, porque estamos a menos de 4 meses para o Parlamento completar um ano de vida e sabem muito bem o que poderá acontecer. 

Não se trata de ameaça nenhuma, mas sin i pa lembranta cumpanher sobre os deveres de cada órgão.

VIVA UMARO SISSOCO EMBALO PRESIDENTE!
VIVA FIM DA REPUBLICA DE BANANAS!
VIVA HOMI DE HOMIS USE PRESIDENTE!

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