sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

CUMPRI ISSABARI matchu!
Por: mago yanick Noah

A democracia falou mais alto na segunda volta da eleição presidencial realizada da republica da guine
Bissau. O povo que é o dono do poder, fez a sua escolha no dia 29 de Dezembro de 2019.

Não é porque aquele em quem apostou seja melhor que os outros, mas na sua avidez pela mudança o povo escolheu o candidato do Movimento para Alternância Democrática, Grupo dos 15 (MADEM G15), apoiado na segunda volta pelo Partido da Renovação Social, (PRS), do líder da Aliança do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Engª. Nuno Gomes Na Bian, dos candidatos independentes José Mário e o Carlos Gomes Júnior e os respectivos movimentos de apoio, do Engª. Botche Cande e o seu movimento de apoio, de 18 partidos sem assento parlamentar e de personalidades independentes, decidiu por uma nova aventura, em resposta ao calvário que tem vivido sobretudo nos últimos tempos.

O PAIGC, devido a erosão que sofreu durante todo esse tempo, como resultado das desnecessárias e desgastantes guerras internas aliadas a governações pouco sucedidas nas quais teve sucessivamente a triste participação PRS, o que lhe impossibilitou corresponder as aspirações do povo, viu o seu candidato pura e simplesmente penalizado.

Encerrado que e este ciclo, a nossa obrigação agora, nós, militantes do PAIGC “di sumbia”, é de nos rendermos perante a evidência, reconhecendo humildemente que não fizemos nada para ganhar a eleição, e isso foi também em parte devido aos erros de palmatória cometidos num momento em que o partido estava perante uma anunciada ameaça, mas que devido a falta de visão, não conseguiu afastar essa ameaça tendo o seu líder sido empurrado ao extremismo por aqueles que infelizmente não conseguem arrastar as massas, por não terem nenhuma expressão em termos demográficos e identitários, uma meia dúzia de pessoas.
Reconheçamos a nossa derrota e arregacemos as mangas para remobilizar as massas dentro daqueles princípios que fizeram e ainda fazem do PAIGC. a esperança de todos os Guineenses, independentemente da raça, da cor, religião, da pertença étnica ou de condição socioeconómica. 

Aquele PAIGC que deu oportunidade a todos os Guineenses para se formarem e hoje poderem dar a sua valiosa contribuição na construção de uma sociedade com que sonharam os Pais Fundadores, e em homenagem àqueles melhores filhos que com o seu sangue regaram essa preciosa árvore de cujos frutos beneficiamos hoje em dia.
Não nos esqueçamos de que o PAIGC e “raça tchebem”, e como tal, não devemos passar inutilmente o nosso precioso tempo em disputas das quais vamos sair mal na fotografia. 

A hora é de Unidade e Coesa Interna e não de nos responsabilizarmos por isto, aquilo ou aqueloutro. No PAIGC, sempre assume colectivamente as derrotas e de igual modo celebramos colectivamente nossas vitórias.

Em bias no munidu, mas não é o fim do mundo. Aliás, o presidente-eleito foi do PAIGC e ideologicamente formado na escola do PAIGC, sob a orientação dos seus dirigentes, pelo que isso deve ser motivo de satisfação pabia lite di fode darma no cabaz di fode. 

Que o Presidente do Parlamento colabore para facilitar o cumprimento das formalidades que conduzam a posse do Presidente-eleito para que possamos federar todas as nossas energias e mudar o rumo do país.

Viva a Guiné-Bissau!
Viva a Democracia!
Viva paz e social entre os guineenses!

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