EXCLUSIVO DOKA - PRESIDÊNCIA ABERTA
DISCURSO DE SUA EXCELÊNCIA SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU NA CAPITAL
Viva a Guiné-Bissau,
Viva a nossa capital
Estamos hoje aqui na capital, para o no fecho da Presidência Aberta.
Obrigado mais uma vez Guiné-Bissau, sobretudo, Bissau por esta grande moldura humana. Tinham me dito que ninguém sairia à rua hoje.
Gostaria igualmente de agradecer todo o calor, amizade e confiança manifestada pelo nosso povo durante a nossa digressão pelo país, no decurso da qual ouvi as dificuldades no dia-a-dia dos nossos irmãos que vivem no interior e nas ilhas, sobretudo, as suas amarguras, lamentações, tristezas e sofrimentos, nomeadamente em:
Gabú, Pirada e Piche
Bafatá
Buba
Catió
Bolama e Bubaque
Canchungo, Ingoré e São Domingos
Bissorã, Mansoa, Farim
Biombo - Prábis, Ondame e Quinhamel
Não pouparei esforços.
Temos que ter a solução para essas dificuldades, porque foi para isso que me elegeram Presidente da República – e a solução para todas estas dificuldade chama-se trabalho.
Temos que adoptar o trabalho como a nossa forma de ser e de estar.
Fomos valentes e inteligentes na conquista da independência, mas, até agora, temos sido fracos e incompetentes na gestão do dia-a-dia dos guineenses pós-independência. Sobretudo, na implementação do programa maior preconizado pelo Camarada Amílcar Cabral.
Voltamos as costas àquilo que foi a razão da nossa luta, com isso fragilizamos o Estado e as suas instituições.
O Estado perdeu a sua essência enquanto tal, sobretudo, enquanto defensor e garante da unidade nacional, justiça, paz e estabilidade.
O país defraudou as melhores expectativas dos seus melhores filhos até chegar ao ponto onde estamos hoje.
O Estado e as suas instituições existem só para os mais fortes e a grande maioria entregues a sua sorte.
Devemos novamente revisitar as bases fundamentais que estiveram na base da nossa vitória na luta pela independência. Caso contrário, estamos perdidos.
Não é para esta Guiné que eu pedi voto de confiança aos guineenses.
Fui muito claro em 2014 durante a campanha presidencial, prometi aos guineenses de que, se me dessem o seu voto, eu seria:
O melhor Presidente da República e
A partir do meu mandato, mudar o nosso país.
Sou e serei cumpridor das minhas promessas, mesmo que isso venha a custar a minha própria vida.
Aceitei ser Presidente da República para juntamente com os guineenses que pensam como eu cumprir uma missão patriótica, ou seja, mudar e transformar o nosso país para o bem de todos os guineenses e nunca para servir interesses de um grupinho.
Com essa missão patriótica a Guiné-Bissau será de todos e para todos.
Depois desta digressão pela Guiné profunda, cheguei a conclusão de que é possível a concretização das minhas promessas eleitorais, assim como mudar o país para o bem dos guineenses.
Compromissos esses que consiste em acabar com uma série de desvios de procedimentos e superar os desafios na luta contra a pobreza.
Mini Balanço do meu compromisso enquanto candidato:
Arreia pesada de Varela – parou a sua exploração – eu tinha comprometido manda parar,
Corte de madeira – parou igualmente o abate - eu tinha comprometido manda parar,
O sector das pescas – está em profunda mutação,
Campanha da castanha de cajú começou com 500 Francos/kg e hoje está a 1.000 Francos/kg – valor nunca antes alcançado na história da campanha na Guiné-Bissau. Chegou-se a trocar 3 sacos da castanha por 1 saco de arroz e hoje estamos a assistir o inverso, isto é, 1 saco da castanha de cajú de 50 kg equivale a 3 sacos de arroz de 50 kg.
Um conselho aos guineenses e, sobretudo, aos produtores da castanha de caju: após a conclusão da campanha, todos devem depositar o dinheiro nos bancos. Em seguida, dividir esse montante por 12 meses, a fim de fixar a despesa mensal para as famílias. Com isso queria chamar atenção para a necessidade de garantirem o sustento e a estabilidade familiar até a próxima campanha, evitando assim receber dos outros qualquer adiantamento para a campanha do ano seguinte. O depósito no banco serve também para conquistarem a confiança junto dos bancos face ao futuro investimento da família.
Caros Irmãos,
A caminhada que temos vindo a empreender para mudar o nosso país será longa e difícil, mas não impossível.
Para isso, é obrigatório sabermos de onde viemos, onde estamos e para onde vamos.
O importante é ter como objectivo melhorar as condições de vida dos guineenses, deixar para trás as querelas políticas e as ambições pessoais.
O nosso país está num ponto de viragem e só será possível com o apoio de todos vocês.
O reconhecimento internacional já está a vir ao de cima a nível da liberdade de imprensa.
A nível de direitos humanos, tenho a certeza de que a nossa posição vai conhecer uma classificação melhor.
Esta melhoria em termos de apreciação pela comunidade internacional leva-me a pedir aos guineenses para não se preocuparem com insultos porque isso só nos engrandece. Por causa desses insultos estamos classificados em terceira posição a nível da liberdade de imprensa. As pessoas que insultam fingem não lembrar do seu passado, mas os guineenses sabem muito bem a vida de cada um de nós e se soubessem a opinião da nossa sociedade sobre eles deixavam de proferir insultos.
Peço aos guineenses para que desprezem os profetas da desgraça, visto que foi através deste método que muitos guineenses conheceram prisões arbitrárias, espancamentos e mortes. Sendo verdade ou mentira a eminência de um golpe de Estado, asseguro-vos que ninguém será preso arbitrariamente, nem espancado e muito menos morto. Estes profetas da desgraça ou estão a fingir ou não querem reconhecer que a Guiné-Bissau mudou.
É muito triste o que se passa no nosso país, quando algumas pessoas pensam que a Guiné-Bissau é propriedade deles, das suas famílias e dos seus amigos.
Mesmo se deixar de ser Presidente da República hoje, a Guiné-Bissau nunca mais será igual àquilo que foi no passado, porque eu sei que o meu país mudou.
A Guiné-Bissau hoje é de todos e é mãe de todos os seus filhos e não de um grupinho. Comigo na Presidência não haverá guineenses de primeira, nem de segunda. Todos são guineenses, por igual.
É esse o meu maior adversário na Guiné-Bissau, porque existe um pequeno grupinho que julgam ser donos de tudo isto. Querem tudo para eles e julgam que o dinheiro do Estado é para eles. Esse grupinho acha ainda que o dinheiro do Estado serve para resolver os problemas deles, da família e dos amigos. Não podemos aceitar ou permitir que o dinheiro do nosso povo seja desviado para promover interesses pessoais, da família, dos amigos ou de pessoas próximas.
Essas pessoas pensam que só a sua família e os seus amigos é que podem ter boa vida, comer do bom e do melhor, ter direito a escola, acesso ao hospital, etc.
Vivemos num país onde as pessoas têm medo da verdade, preferem morrer do que dizer verdade.
A Guiné-Bissau que eu defendo é uma Guiné melhor, de igualdade de oportunidade e bem-estar social para todos, o que eu sempre sonhei e desejei. Esta será a Guiné que deixarei para os nossos netos. Esta é a Guiné do futuro.
Caros irmãos,
Passei quase 3 anos do meu mandato somente para enfrentar uma minoria que quer fazer o país refém, para enriquecer à custa do dinheiro do povo.
Durante estes 3 anos, quer queiramos quer não, a Guiné-Bissau mudou. Para essa mudança, apostei em 3 desafios:
1. Paz e Estabilidade
2. Dinheiro do Estado no Cofre do Estado
3. Mon-na-lama
1. Paz e Estabilidade
É crucial para o futuro da Guiné-Bissau. O caminho até hoje percorrido encoraja-nos a afirmar que estamos na fase de concretizar este primeiro desafio:
Não há violência,
Na Guiné-Bissau de hoje acabaram as mortes por razões políticas,
As nossas forças armadas são republicanas e estão a funcionar de acordo com a nossa Constituição,
Todos os cidadãos são tratados de igual forma,
Não houve tiros nos quartéis,
Ninguém foi morto,
Ninguém foi espancado,
Direitos humanos respeitados,
Liberdade de imprensa, de expressão e de manifestação.
Temos que continuar a trabalhar para consolidar a Paz e Estabilidade.
2. Dinheiro do Estado no Cofre do Estado
Não podemos continuar a fingir que não estamos a ver as condições em que o país se encontra:
Falta de condições nos hospitais,
As nossas estradas cheias de buracos,
O nosso ensino não funciona, escolas sem condições,
Devemos dar atenção a escola – motivo do nosso atraso face aos outros. Eu estou aqui neste palco a falar, sou o fruto da escola. Peço a todos os pais para deixarem os filhos e as filhas irem para a escola, para não comprometerem o futuro destas crianças e do país. O Futuro é a Escola.
Não há luz,
Não há água potável nas nossas casas,
Não temos capacidade de dar de comer a nossa população,
Não conseguimos cuidar dos nossos antigos combatentes,
Não conseguimos cuidar dos nossos homens grandes e das mulheres grandes.
Para termos boas escolas, bons hospitais, boas estradas e proporcionar uma vida melhor aos nossos Combatentes da Liberdade da Pátria, devemos colocar o Dinheiro do Estado no Cofre do Estado.
3. Mon-na-lama
Só o trabalho nos pode tirar desta situação em que vivemos – Mon-na-lama.
Dedicação ao trabalho e, sobretudo, dedicação à agricultura, para desenvolvimento sustentável da nossa economia.
Juntos, temos condições para fazer do nosso país um grande país:
Se nos dedicarmos à agricultura para dar de comer a nossa população,
Na transformação dos nossos produtos primários,
Se controlarmos o nosso mar – através de uma fiscalização séria da nossa zona económica exclusiva,
Se aproveitarmos as nossas potencialidades turísticas.
A única saída que nos conduzirá a um futuro melhor – é o trabalho – trabalhar juntos em prol do país.
Minhas irmãs e meus irmãos,
Hoje é o dia em que termino esta Presidência Aberta e inicio uma nova etapa para, em conjunto com o Governo, encontrarmos soluções que melhore a qualidade de vida de todos os guineenses.
Para isso, temos de pôr “Mon-na-lama” e “nô djunta mon pa terra ranka e pa muda Guiné-Bissau”. Não interessa só o que JOMAV e os políticos possam fazer pelas pessoas, mas também o que as pessoas podem fazer por elas mesmo.
Obrigado a todos os que me acompanharam durante esta Presidência Aberta. Um agradecimento especial aos nossos compatriotas residentes na diáspora – que nos têm acompanhado nas emissões em directo e faço um apelo para regressarem ao país.
Guiné-Bissau i terra de futuro e de oportunidades.
Aproveito ainda para agradecer:
A Comissão organizadora da Presidencia Aberta a nivel nacional.
A comitiva do Governo que me têm acompanhado durante esta Presidência Aberta,
Ao Corpo de Seguranças, os Militares e paramilitares,
Toda a equipa de apoio da Presidência da República nas mais diversas áreas,
Aos nossos jornalistas nacionais e a cortesia do nosso amigo e irmão Presidente do Senegal, que fez deslocar uma equipa da RTS para tornar possível a transmissão em directo,
Aos nossos músicos e à empresa CUBASON,
Aos Régulos, homens grandes e mulheres grandes,
Aos jovens e crianças – o futuro do nosso país.
E toda a população das regiões e sectores que ao longo das estradas por onde passamos nos acarinharam com aplausos e mensagens de encorajamento.
Obrigado pelo vosso apoio.
Viva Bissau!
Viva a Guiné-Bissau!
Que Deus abençoe a Guiné-Bissau e ao Povo Guineense!
Viva a nossa capital
Estamos hoje aqui na capital, para o no fecho da Presidência Aberta.
Obrigado mais uma vez Guiné-Bissau, sobretudo, Bissau por esta grande moldura humana. Tinham me dito que ninguém sairia à rua hoje.
Gostaria igualmente de agradecer todo o calor, amizade e confiança manifestada pelo nosso povo durante a nossa digressão pelo país, no decurso da qual ouvi as dificuldades no dia-a-dia dos nossos irmãos que vivem no interior e nas ilhas, sobretudo, as suas amarguras, lamentações, tristezas e sofrimentos, nomeadamente em:
Gabú, Pirada e Piche
Bafatá
Buba
Catió
Bolama e Bubaque
Canchungo, Ingoré e São Domingos
Bissorã, Mansoa, Farim
Biombo - Prábis, Ondame e Quinhamel
Não pouparei esforços.
Temos que ter a solução para essas dificuldades, porque foi para isso que me elegeram Presidente da República – e a solução para todas estas dificuldade chama-se trabalho.
Temos que adoptar o trabalho como a nossa forma de ser e de estar.
Fomos valentes e inteligentes na conquista da independência, mas, até agora, temos sido fracos e incompetentes na gestão do dia-a-dia dos guineenses pós-independência. Sobretudo, na implementação do programa maior preconizado pelo Camarada Amílcar Cabral.
Voltamos as costas àquilo que foi a razão da nossa luta, com isso fragilizamos o Estado e as suas instituições.
O Estado perdeu a sua essência enquanto tal, sobretudo, enquanto defensor e garante da unidade nacional, justiça, paz e estabilidade.
O país defraudou as melhores expectativas dos seus melhores filhos até chegar ao ponto onde estamos hoje.
O Estado e as suas instituições existem só para os mais fortes e a grande maioria entregues a sua sorte.
Devemos novamente revisitar as bases fundamentais que estiveram na base da nossa vitória na luta pela independência. Caso contrário, estamos perdidos.
Não é para esta Guiné que eu pedi voto de confiança aos guineenses.
Fui muito claro em 2014 durante a campanha presidencial, prometi aos guineenses de que, se me dessem o seu voto, eu seria:
O melhor Presidente da República e
A partir do meu mandato, mudar o nosso país.
Sou e serei cumpridor das minhas promessas, mesmo que isso venha a custar a minha própria vida.
Aceitei ser Presidente da República para juntamente com os guineenses que pensam como eu cumprir uma missão patriótica, ou seja, mudar e transformar o nosso país para o bem de todos os guineenses e nunca para servir interesses de um grupinho.
Com essa missão patriótica a Guiné-Bissau será de todos e para todos.
Depois desta digressão pela Guiné profunda, cheguei a conclusão de que é possível a concretização das minhas promessas eleitorais, assim como mudar o país para o bem dos guineenses.
Compromissos esses que consiste em acabar com uma série de desvios de procedimentos e superar os desafios na luta contra a pobreza.
Mini Balanço do meu compromisso enquanto candidato:
Arreia pesada de Varela – parou a sua exploração – eu tinha comprometido manda parar,
Corte de madeira – parou igualmente o abate - eu tinha comprometido manda parar,
O sector das pescas – está em profunda mutação,
Campanha da castanha de cajú começou com 500 Francos/kg e hoje está a 1.000 Francos/kg – valor nunca antes alcançado na história da campanha na Guiné-Bissau. Chegou-se a trocar 3 sacos da castanha por 1 saco de arroz e hoje estamos a assistir o inverso, isto é, 1 saco da castanha de cajú de 50 kg equivale a 3 sacos de arroz de 50 kg.
Um conselho aos guineenses e, sobretudo, aos produtores da castanha de caju: após a conclusão da campanha, todos devem depositar o dinheiro nos bancos. Em seguida, dividir esse montante por 12 meses, a fim de fixar a despesa mensal para as famílias. Com isso queria chamar atenção para a necessidade de garantirem o sustento e a estabilidade familiar até a próxima campanha, evitando assim receber dos outros qualquer adiantamento para a campanha do ano seguinte. O depósito no banco serve também para conquistarem a confiança junto dos bancos face ao futuro investimento da família.
Caros Irmãos,
A caminhada que temos vindo a empreender para mudar o nosso país será longa e difícil, mas não impossível.
Para isso, é obrigatório sabermos de onde viemos, onde estamos e para onde vamos.
O importante é ter como objectivo melhorar as condições de vida dos guineenses, deixar para trás as querelas políticas e as ambições pessoais.
O nosso país está num ponto de viragem e só será possível com o apoio de todos vocês.
O reconhecimento internacional já está a vir ao de cima a nível da liberdade de imprensa.
A nível de direitos humanos, tenho a certeza de que a nossa posição vai conhecer uma classificação melhor.
Esta melhoria em termos de apreciação pela comunidade internacional leva-me a pedir aos guineenses para não se preocuparem com insultos porque isso só nos engrandece. Por causa desses insultos estamos classificados em terceira posição a nível da liberdade de imprensa. As pessoas que insultam fingem não lembrar do seu passado, mas os guineenses sabem muito bem a vida de cada um de nós e se soubessem a opinião da nossa sociedade sobre eles deixavam de proferir insultos.
Peço aos guineenses para que desprezem os profetas da desgraça, visto que foi através deste método que muitos guineenses conheceram prisões arbitrárias, espancamentos e mortes. Sendo verdade ou mentira a eminência de um golpe de Estado, asseguro-vos que ninguém será preso arbitrariamente, nem espancado e muito menos morto. Estes profetas da desgraça ou estão a fingir ou não querem reconhecer que a Guiné-Bissau mudou.
É muito triste o que se passa no nosso país, quando algumas pessoas pensam que a Guiné-Bissau é propriedade deles, das suas famílias e dos seus amigos.
Mesmo se deixar de ser Presidente da República hoje, a Guiné-Bissau nunca mais será igual àquilo que foi no passado, porque eu sei que o meu país mudou.
A Guiné-Bissau hoje é de todos e é mãe de todos os seus filhos e não de um grupinho. Comigo na Presidência não haverá guineenses de primeira, nem de segunda. Todos são guineenses, por igual.
É esse o meu maior adversário na Guiné-Bissau, porque existe um pequeno grupinho que julgam ser donos de tudo isto. Querem tudo para eles e julgam que o dinheiro do Estado é para eles. Esse grupinho acha ainda que o dinheiro do Estado serve para resolver os problemas deles, da família e dos amigos. Não podemos aceitar ou permitir que o dinheiro do nosso povo seja desviado para promover interesses pessoais, da família, dos amigos ou de pessoas próximas.
Essas pessoas pensam que só a sua família e os seus amigos é que podem ter boa vida, comer do bom e do melhor, ter direito a escola, acesso ao hospital, etc.
Vivemos num país onde as pessoas têm medo da verdade, preferem morrer do que dizer verdade.
A Guiné-Bissau que eu defendo é uma Guiné melhor, de igualdade de oportunidade e bem-estar social para todos, o que eu sempre sonhei e desejei. Esta será a Guiné que deixarei para os nossos netos. Esta é a Guiné do futuro.
Caros irmãos,
Passei quase 3 anos do meu mandato somente para enfrentar uma minoria que quer fazer o país refém, para enriquecer à custa do dinheiro do povo.
Durante estes 3 anos, quer queiramos quer não, a Guiné-Bissau mudou. Para essa mudança, apostei em 3 desafios:
1. Paz e Estabilidade
2. Dinheiro do Estado no Cofre do Estado
3. Mon-na-lama
1. Paz e Estabilidade
É crucial para o futuro da Guiné-Bissau. O caminho até hoje percorrido encoraja-nos a afirmar que estamos na fase de concretizar este primeiro desafio:
Não há violência,
Na Guiné-Bissau de hoje acabaram as mortes por razões políticas,
As nossas forças armadas são republicanas e estão a funcionar de acordo com a nossa Constituição,
Todos os cidadãos são tratados de igual forma,
Não houve tiros nos quartéis,
Ninguém foi morto,
Ninguém foi espancado,
Direitos humanos respeitados,
Liberdade de imprensa, de expressão e de manifestação.
Temos que continuar a trabalhar para consolidar a Paz e Estabilidade.
2. Dinheiro do Estado no Cofre do Estado
Não podemos continuar a fingir que não estamos a ver as condições em que o país se encontra:
Falta de condições nos hospitais,
As nossas estradas cheias de buracos,
O nosso ensino não funciona, escolas sem condições,
Devemos dar atenção a escola – motivo do nosso atraso face aos outros. Eu estou aqui neste palco a falar, sou o fruto da escola. Peço a todos os pais para deixarem os filhos e as filhas irem para a escola, para não comprometerem o futuro destas crianças e do país. O Futuro é a Escola.
Não há luz,
Não há água potável nas nossas casas,
Não temos capacidade de dar de comer a nossa população,
Não conseguimos cuidar dos nossos antigos combatentes,
Não conseguimos cuidar dos nossos homens grandes e das mulheres grandes.
Para termos boas escolas, bons hospitais, boas estradas e proporcionar uma vida melhor aos nossos Combatentes da Liberdade da Pátria, devemos colocar o Dinheiro do Estado no Cofre do Estado.
3. Mon-na-lama
Só o trabalho nos pode tirar desta situação em que vivemos – Mon-na-lama.
Dedicação ao trabalho e, sobretudo, dedicação à agricultura, para desenvolvimento sustentável da nossa economia.
Juntos, temos condições para fazer do nosso país um grande país:
Se nos dedicarmos à agricultura para dar de comer a nossa população,
Na transformação dos nossos produtos primários,
Se controlarmos o nosso mar – através de uma fiscalização séria da nossa zona económica exclusiva,
Se aproveitarmos as nossas potencialidades turísticas.
A única saída que nos conduzirá a um futuro melhor – é o trabalho – trabalhar juntos em prol do país.
Minhas irmãs e meus irmãos,
Hoje é o dia em que termino esta Presidência Aberta e inicio uma nova etapa para, em conjunto com o Governo, encontrarmos soluções que melhore a qualidade de vida de todos os guineenses.
Para isso, temos de pôr “Mon-na-lama” e “nô djunta mon pa terra ranka e pa muda Guiné-Bissau”. Não interessa só o que JOMAV e os políticos possam fazer pelas pessoas, mas também o que as pessoas podem fazer por elas mesmo.
Obrigado a todos os que me acompanharam durante esta Presidência Aberta. Um agradecimento especial aos nossos compatriotas residentes na diáspora – que nos têm acompanhado nas emissões em directo e faço um apelo para regressarem ao país.
Guiné-Bissau i terra de futuro e de oportunidades.
Aproveito ainda para agradecer:
A Comissão organizadora da Presidencia Aberta a nivel nacional.
A comitiva do Governo que me têm acompanhado durante esta Presidência Aberta,
Ao Corpo de Seguranças, os Militares e paramilitares,
Toda a equipa de apoio da Presidência da República nas mais diversas áreas,
Aos nossos jornalistas nacionais e a cortesia do nosso amigo e irmão Presidente do Senegal, que fez deslocar uma equipa da RTS para tornar possível a transmissão em directo,
Aos nossos músicos e à empresa CUBASON,
Aos Régulos, homens grandes e mulheres grandes,
Aos jovens e crianças – o futuro do nosso país.
E toda a população das regiões e sectores que ao longo das estradas por onde passamos nos acarinharam com aplausos e mensagens de encorajamento.
Obrigado pelo vosso apoio.
Viva Bissau!
Viva a Guiné-Bissau!
Que Deus abençoe a Guiné-Bissau e ao Povo Guineense!
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