Isto aconteceu…, mas aconteceu mesmo. E que
ninguém me chame de louco porque eu Doka Internacional investigo e denuncio. Se cada qual fizesse o seu papel, hoje a Guiné Bissau estaria com menos pecado e menos praga.
Existiu
um Hélicóptero..., existiu um rio..., existiu muita mentira..., existiram
homens que fabricaram essa mentira..., muita maldade..., e existiram 6
cadavéres: Paulo Correia..., Viriato Pan...,
Binhãnkeré Na Tchanda..., Pedro Ramos..., N’bana Sambu..., e Braima
Bangurã!!!!!
Eu DOKA,
pergunto: Aonde param esses corpos???
Mais uma vêz, muitos irão perguntar:
Isto é verdade??? Será
possivél???
E eu DOKA, apenas
direi:
O que é que, foi que nunca foi possivél com o paigc em termos de maldades e
pecados???? Que verdade mais nos falta saber ou descobrir??? Vejam a situção politica guineense desde 1974 até a data actual e digam quem é o responsavél a não ser o paigc e seus dirigentes.
Sei que vou ferir de novo a sensibilidade de certas pessoas..., mas apenas
vos posso dizer que para chegar ao ponto..., tenho que atingir a certas
pessoas, porque eu Doka, não minto nestas coisas..., e por tanto, quem se sentir mal que deixe de
ler.
O cabeça do caso- Quem foi o Paulo
Correia???
- Foi Ministro dos Antigos Combatentes, foi um dos juízes do Tribunal
Militar que em 1977, condenou a morte Rafael
Barbosa, com a pena comutada em prisão perpétua,
mas que foi libertado logo após ao golpe 14 de Novembro.
- Foi vice- presidente de Nino Vieira e Ministro da Justiça e Poder
Local.
- Foi o Comandante do ataque a Cantacunda em 10 de Abril de 1968.
Paulo Correia, mas 5 compnheiros seus..., foram barbáramente espancados e
torturados. Recordar que a sua bacia foi quebrada de tanto
espancamento..., e Paulo sofria já com tantas dôres e apenas rastejava pela
cela e suplicava para que lhe deixassem ver ao seu filho pela última vêz.
Um outro se chamava Binhanquerem Na
Tchanda..., este aqui teria uma viagem marcada
para a quinta-feira do dia 17 de Outubro de 1985.
Alguns dias antes fora despedir- se do Presidente da República- Nino, o qual,
certamente grato pelo gesto, ofereceu-lhe dinheiro em dólar.
Alguém, que se julga ser um vizinho, vendo as portas e as janelas da casa
do Binhanquerem, fechadas e ouvindo vôzes no interior, teria informado ao Presidente João
Bernardo Vieira de que algo de insólito se estava a passar na residência ao
lado donde morava.
O Presidente telefonou de antemão a um outro vizinho do Binhanquerem, que não era nenhum outro senão o próprio Paulo
Correia, pedindo-lhe que fosse verificar a
informação.
Paulo Correia confirmaria ao Presidente, pelo telefone, que efectivamente
as portas e as janelas da casa em questão estavam encerradas e havia vozes
provenientes do interior.
Naquela noite, João Bernardo Vieira, rodeado dos seus guarda-costas,
deslocou- se pessoalmente à casa do Binhanquerem, para se inteirar.
Em facto, da eventual trama que se preparava.
“Assegurando-se de que o ambiente da reunião de convívio era apenas festivo
e não de conspiração..., o Presidente teve, contudo, de explicar o motivo da
sua irrupção.
Ao ouvi-lo, o major Tué Na Bangha exprimiu a sua admiração por o Presidente se deixar facilmente
enredar em mentiras, observando que, se estivesse a preparar um golpe de
Estado, não se reuniriam naquelas circunstâncias, e acrescentou não compreender
como era possível o Presidente admitir que conspiravam contra ele, depois
de tanto tempo e tantos sacrifícios passados juntos.”
Isso não impediu ao Presidente João Bernardo Vieira de dar conhecimento da
cena ao ministro do Interior, José Pereira, que por sua vez o teria transmitido ao seu colega das Forças Armadas.
Consequência directa deste jogo de xadrez de sentido único, o Binhanquerem
Na Tchanda, bem como todos os oficiais que com ele
festejavam a sua despedida, foram detidos na Segunda Esquadra da Polícia
e submetidos a interrogatórios pelos oficiais de segurança do ministério do Interior,
logo no dia seguinte.
Enquanto as audições decorriam na Segunda Esquadra, João Bernardo Vieira
viajou para os EUA com o fim de assistir às comemorações do 40° aniversário da
Organização das Nações Unidas.
Entretanto, os ministros das Forças Armadas e do Interior resolveram criar
uma comissão
para inquirir parte dos detidos.
Submetidos a insuportáveis torturas, estes tiveram que confessar as
acusações que pendiam sobre eles.
Tué
Na Bangha e Tagme Na Wae teriam
sido de tal maneira torturados que, temendo que pudessem morrer, a Comissão de
Inquérito transferiu- lhes g para a Marinha de Guerra que, pela sua proximidade
com o Hospital Militar, oferecia mais condições de evacuação em caso de
necessidade.
No dia 6 de Novembro de 1985, no fim da tarde, Paulo Correia seria
convocado para uma reunião no Secretariado do PAIGC.
À sua espera encontravam-se, entre outros, o Presidente da República NINO,
Iafai Camará e José
Pereira, já sobejamente conhecidos, e Lourenço
Gomes, este último Director da Segurança
Nacional.
A ordem de prisão, que durante tanto tempo fora minuciosamente
preparada, abateu-se sob os ombros de Paulo Correia que de imediato foi
conduzido à Segunda Esquadra, na “Cela Sul”, a mais inospitaleira da prisão.
Fisicamente destruídos, estes homens constituiriam, aos olhos de todos, a
prova viva da falta de humanismo do regime pelo que se ordenou a sua rápida
execução em local que permaneceu secreto.
A vala comum que o mundo conheceu depois de 7 Junho de 1998..., com
ossadas..., restos mortais de 22 pessoas................., nenhum deles
pertencia ao Paulo Correia e aos seus camaradas.
Guineenses,
os restos mortais de PAULO CORREIA, VIRIATO PAN, BINHANKAREN NA
TCHANDA, PEDRO RAMOS, BRAIMA BANGURAN, e N’BANA SAMBU...,
jamais chegaram de ser enterrados.
Mas sim, atirados no rio FARIM..., foram lançados de um hélicoptero.
Esta foi a forma mais cinistra de se tentar apagar algo que um dia todos
viriam a saber.
Atravéz
de um hélicoptero...., os restos mortais destas 6 pessoas foram lançadas
num rio. Rio Farim.
Fuzilados, sim foram fuzilados, e quem mais poderia confirmar tudo neste
momento??? Uma pessoa que participou nas torturas..., a
pessoa que esteve na estrada naquela noite juntamente com Ansumane Mané....,
na estrada apenas para confirmarem o fuzilamento e ir dizer ao CHEFE
Nino..., é fuzilado dja.
Irei agora citar os nomes que de uma forma directa tiveram o envolvimento
na intriga, na falsidade, na mentira, na tortura
e no fuzilamento destas 6 pessoas que tanto
sofreram.
Participaram nas mortes.
São eles os principais nomes.
-Iafai Camará.
-Humberto Gomes.
- João Monteiro.
- Robalo De Pina.
- João Malaka.
- Zé Pereira.
- Ansumane Mané.
- Afonso Té.
- Lourenço Gomes.
- Francisca
Pereira- Hoje é ela que vive na casa, que um dia pertenceu ao Paulo
Correia. Francisca Pereira acabou por tomar a casa.
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