terça-feira, 12 de março de 2019

Sobre as eleições legislativas 2019 na Guiné Bissau 

Resultados que espelham a opção nas urnas:
PAIGC - 41
MADEM - 31
PRS - 27
APU - 2
Analiticamente, do ponto de vista tribal e relegioso encontramos razões da redistribuição dos Deputados em cima referenciados em agrupamento do nosso mapa político partidário.
Nas eleições anteriores o eleitorado muçulmano não tinha um abrigo identitário de proximidade relegiosa, refugiavam "laicamente" nos dois grandes partidos: PAIGC e o PRS.
Os balantas votavam preferenciamte no PRS. 
Com o surgimento do MADEM e APU tudo mudou radicalmente. 
Começando por PAIGC:
MADEM fez um ataque fulminante, arrastando e capturando voto relegioso  mussulmano.
Daí a perca de maioritariamente do voto islâmico que tradicionalmente votava no PAIGC que correspondiam cerca de 20 deputados.
Quanto ao PRS, este sofreu dois "atentados" que o fez perder cerca de 14 deputados...
MADEM capturou cerca de 12 deputados mussulmanos.
Por outro ângulo APU de Nuno Nabiam capturou cerca de meia dúzia de deputados de carácter tribal, os balantas...
Entretanto o PRS sofreu a maior insidencia fraturante religiosa e tribal com ataques de MADEM e da APU...
Conclusão:
MADEM tirou a maioria absoluta ao PAIGC, fracturou o PRS junto ao eleitorado mussulmano.
APU teve como a vítima principal o PRS capturando cerca de meia Dúzia de deputados. .
Portanto não há drama nenhum sobre estes fenómenos das mudanças significativas no eleitorado guineense.
Temos ter a capacidade de analizar estes factos friamente em termos científicos do comportamento da proximidade humana..
O que aconteceu é perfeitamente natural, pese embora a preocupação impactante da perca intrínseca da ação na consolidação política na ação nobre de dosenvolmento socioeconómico da Guiné Bissau em prol do código edentitário que já vinha desde a luta de libertação...
É preciso defender a nossa comum identidade nacional. 
O drama é a manobra de antecipação por parte do PAIGC em não reconhecer este fenómeno do comportamento do eleitorado que perdeu, fazendo uma fuga para frente, forçando que a CNE reconheça-lhe individualmente a maioria que nunca teve nas urnas, preferindo lançar as sementes de instabilidade político no nosso frágil tecido político e institucional...
São factores que conduzem as nações na rota da desgraça colectiva... 
João de Barros

Comentário para o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal

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