Nbom…, ali Umaro Djau Pega máss. Bó lei.
Djau…, para dé, é na bim cunssa cobau.
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A justiça é
disfuncional na Guiné-Bissau não por culpa dos juízes ou dos tribunais.
Primeiro, a
justiça é disfuncional por causa dos políticos. Exemplos recentes: o
desrespeito e o incumprimento total (sem consequências) dos últimos três
acórdãos do Supremo Tribunal de Justiça.
Segundo, a justiça
é também disfuncional por causa dos cidadãos. Exemplos irrefutáveis: até aqui
nenhum cidadão ou movimento civil se protestou contra os assassinatos, os
desaparecimentos, a corrupção, as agressões, e outras injustiças que têm
abalado o país em geral.
(In)felizmente --
e mesmo dentro das suas liberdades cívicas e individuais --, os cidadãos que se
têm organizado, na verdade não se organizaram espontaneamente; foram sim
organizados calculadamente à volta de umas individualidades ou à volta de um
partido político.
E os mesmos
cidadãos, quando não protestam a favor de supressão do poder, protestam a favor
da sua restituição ou manutenção.
Como podem ver
claramente, a justiça na Guiné-Bissau tem-se revolvido à volta de uma lógica só
-- a do poder político.
--Umaro Djau, 13 de Abril de 2017
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