È como eu Doka Internacional sempre digo, aqui nesta terra a Justiça esta suja e podre. Precisamos de lixivia, muito detergente, sabão para o lavar. Isto esta nojento.
E depois querem me falar de perdão, de reconciliação, mas com impunidade por tudo quanto é canto.
Engraçado e interessante isto
(RELATÓRIO DO
ASSASSINATO DO PRESIDENTE NINO VIEIRA)
PARTE 1
“ ..... Inquirição de Quintino Na M’Bundé
A folha.115, disse que pertence a unidade militar da
Marinha de Guerra Nacional, contudo, na altura da sua audição era Comandante de
Batalhão da Guarda Presidencial.
Esclarece que saiu do Quartel da
Marinha para a sua casa e nas imediações do Tribunal Militar ouviu a explosão
no Estado Maior, pelo que resolveu voltar a sua unidade militar.
Dali recebeu um telefonema do
então Capitão de Mar e Guerra, JOSÉ ZAMORA
INDUTA, a perguntá-lo se tinha conhecimento do
ocorrido no Estado Maior e este lhe ordenou para voltar a Marinha.
Quando o Zamora Induta chegou à
Marinha pediu-lhe para voltarem ao Estado Maior e foi o que fizeram numa
viatura dupla-cabine de marca Toyota de cor azul, pertença do Estado Maior da
Marinha.
Disse que quando chegaram à estação
de combustível LENOX A. LOPES, ao lado da televisão Nacional, como o Zamora
estava a paisana foram barrados a passagem pela circunstância, do corpo do
falecido Tagme Nawaie estar a ser transportado para a Base Aéria e que
entretanto seguiram com a coluna funebre até a Base, onde souberam da morte do
General Tagme.
Após a consternação do ocorrido, todos
voltaram para o Estado Maior e dali é que recebeu ordens de Zamora, para voltar
á Marinha de Guerra Nacional e que o esperasse ali.
Afirmou que o Zamora chegou à Marinha, e
o informou que já tinha tomado a decisão com conhecimento do então Primeiro
Ministro, Carlos Gomes Júnior, para atacar a residência privada do Presidente
Nino.
Esclarece que o Zamora ordenou que
tocasse o sino de formatura e a patrulha agrupou-se, transmitiu-se as ordens do
comando. Imediatamente a pé, armados e fardados dirigiram-se para o local, ou
seja, a residência privada do Presidente Nino.
Disse que segundo as indicações
ficaram nas traseiras da casa do Presidente Nino, aguardando a chegada de
outras forças, nomeadamente, do Batalhão de Mansôa.
Foi nestas condições é que processaram
o ataque à residência do Presidente Nino.
Esclarece que às 06h00 de manhã, teve
a comunicação pelo telemóvel do 1º Sargento Pansau Inchama, de que o Presidente
Nino foi morto e que ele por sua vez, comunicou ao seu superior hierárquico
Zamora Induta, de que a missão foi cumprida. ”
...... INQUIRIÇÃO DO SENHOR ANDRE DJEDJO
“ A folha.
117 dos autos, André Djedjo, disse que
estava de serviço no dia 01 de Março de 2009, na Marinha até às 19h00, altura
em que ouviu o barulho da explosão ocorrido no Estado Maior.
Disse que momentos depois,
chegou Zamora Induta numa dupla cabine e ordenou
a formatura aonde informou que já tinha tomado a decisão com conhecimento do
então Primeiro Ministro, Carlos Gomes Júnior, para atacar a residência privada
do Presidente Nino.
Imediatamente a pé, armados e
fardados dirigiram-se para o local, ou seja, a residência privada do Presidente
Nino.
Disse que segundo as indicações
ficaram nas traseiras da casa do Presidente Nino, aguardando a chegada de
outras forças, nomeadamente, do Batalhão de Mansôa.
Foi nestas condições é que
processaram o ataque à residência do Presidente Nino.
Esclarece que as 06h00 da manhã
tiveram a comunicação da morte do Presidente Nino”.
.....INQUIRIÇÃO
DO SENHOR PEDRO BADJI
“ As folhas. 119 à 120 dos autos, inquirição do Senhor Pedro Badji da Marinha de Guerra
Nacional, ( IDEM COM AS DECLARAÇÕES DO SENHOR QUINTINO NA M’BUNDÉ)”.
......INQUIRIÇÃO
DO SR. SIRA NA N’PANDA
“ As folhas. 121 à 122 dos autos, inquirição do Senhor Sira Na N’panda, da Marinha de Guerra
Nacional (IDEM COM AS DECLARAÇÕES DO SENHOR QUINTINO NA M’BUNDÉ)”.
.... INQUIRIÇÃO DO SENHOR LUÍS DJATÁ
“ A fls. 123 à 124 dos autos, declara
que a missão era do então Primeiro Ministro, Carlos Gomes Júnior e foi-lhe
transmitida pelo então Capitão de Mar e Guerra, José Zamora Induta (IDEM COM AS
DECLARAÇÕES DO SENHOR QUINTINO NA M’BUNDÉ)”.
.... INQUIRIÇÃO DO SENHOR JOSÉ SAMBÚ
“ A fl. 125 dos autos, José Sana
Sambú, declara que, apesar de Estêvão Na Mena, ser chefe de Estado Maior
da Armada Interino, mas quem dava ordens de facto, era o próprio Zamora Induta
(IDEM COM AS DECLARAÇÕES DO SENHOR QUINTINO NA M’BUNDÉ)”.
.... INQUIRIÇÃO DO SR. JOSÉ SANA NA BIRAN
“ A fl. 126 dos autos, José Sana Na
Biran, disse que estava num bar na companhia do seu primo Bitam Na Walna,
quando ouviu a explosão de uma bomba no Estado Maior General das Forças
Armadas.
Disse que na tentativa de se informar
do ocorrido dirigiu.se ao local, mas foi barrado por um grupo de militares,
pois se encontrava à paisana. Assim, sózinho pegou no seu carro pessoal e
dirigiu-se à Marinha de Guerra Nacional.
Mais ou menos, à 00h00, na
formatura tiveram a ordem de missão para a
residência privada do Presidente Nino, respeitando a voz do comando do então
Capitão de Mar e Guerra, José Zamora Induta.
A OPERAÇÃO FOI DIRIGIDA PELO CAPITÃO
TENENTE QUINTINO NA M’BUNDÉ
Declara que a ordem de missão veio do então Primeiro
Ministro, Carlos Gomes Júnior, segundo a justificação de Zamora Induta.
Esclarece que instalaram na
Metereologia, mas que não houve nenhum disparo por parte do grupo de que fazia
parte. No entanto, houve disparos do outro grupo mais avançado, coordenado pelo
tenente André Djedjo.
Afirma que soube da morte do
Presidente Nino, por volta das 05h00 de madrugada do dia 02 de Março de 2009,
tendo informado ao Capitão Tenente, Quintino Na M’bundé e este por sua vez,
informou por via telemóvel a Zamora Induta, do resultado da missão”.
.... INQUIRIÇÃO DO MAJOR MARTINHO
DJATÁ
“ A fls.131 e 132 dos autos, declara
que no dia 01 de Março de 2009, encontra-se no seu Quartel em Mansoa e é dali
que soube da explosão ocorrida no Estado Maior. Imediatamente, ele e mais
5(cinco) colegas se mobilizaram para Bissau numa dupla cabine disponível na
altura.
Disse que quando chegaram ao Estado
Maior, na formatura receberam ordens e missão do então Capitão de Mar e Guerra, José Zamora Induta,
que teria dito que o então Primeiro Ministro, Carlos Gomes Júnior, disse para
irem executar o Presidente Nino Vieira, afirmando ainda que se este não for
morto dentro de 24 horas, todas as chefias militares iriam ser presas.
Esclarece que em companhia dos
colegas armados de AKM, dirigiram-se directamente à residência privada do
Presidente Nino a pé, passando sucessivamente pelo bairro Pefine, Segunda
Esquadra, Metereologia, Embaixada Brasil e finalmente, a frente da casa do
Presidente.
Quando chegaram ali encontraram o
portão principal aberto, entraram e começaram a disparar tiros sobre a porta do
interior até compenetrar na sala de visita e encontraram
o Presidente Nino deitado no chão do seu quarto e a mulher estava deitada
debaixo da cama e que posteriormente, esta foi conduzida para a casa dos
familiares.
Declara que foi nesta circunstância
que o conduziram para a sala de visita para finalmente dispararem mortalmente
tiros sobre ele, o Presidente Nino.
Recusa ter utilizado catanas para o
efeito e não houve qualquer diálogo com o defunto Presidente Nino Vieira.
Disse que após a morte do General
Tagme, quem assumiu de facto o comando das
operações era Zamora Induta.
Afirma que agiu em conformidade ao
comando do seu superior hierárquico e sempre foi e será assim cumprir a ordem
do superior”.
....INQUIRIÇÕES
DOS SENHORES BUAM NA DUM, DO 2º SARGENTO SOLNATI N’CUIA, DO JOSÉ ARIBI, DO
WASSAT BESNA E DO CABO BINHA NANQUINA.“A fls. 133 dos autos, fls 136,137,138,139,
141,e 142 dos autos confirmam (IDEM AS DECLARAÇÕES DE MARTINHO DJATA), a forma
como o Presidente NINO fora assassinado”.
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