domingo, 25 de abril de 2021

Filho de uma mulher da etnia Fula do Gabú e de um português. Depois de concluídos os estudos primários e secundários, foi incorporado no exército colonial, 1969/1970, como era normal na altura. A Guiné era Portuguesa.

 

Após o recrutamento em Bolama, teria sido destacado para o Departamento da Acção Psicológica das Forças Armadas, na altura, salvo êrro, localizado em Cuméré, perto de Bissau.

 

Aí iniciou a sua carreira de locutor no PFA (Programa da Forças Armadas) onde terá evoluído ao lado do Bubacar Tcherno Rachide, outro conhecido locutor do PFA, debaixo da orientaçao do Tenente Coronel Pedro Cardoso, responsavel dos serviços de inteligencia do general Spinola.

 

É nesse periodo conturbado da nossa história que Oscar Barbosa terá humilhado o Lider do P.A.I.G.C, no programa “Guiné Melhor”, quando referindo-se a Cabral, terá dito algo como: "Cabral ainda será toreado pelas ruas de Bissau".

 

Chamou "boi" ao Lider Histórico do P.A.I.G.C. entre outras difamaçoes consideradas graves pelo P.A.I.G.C

 

Conotado com o seviço de informaçao da P.I.D.E, e visto por muitos como homem de mao de Zeca Saeg e Alpoin Calvao para a informacao, que influia de forma eficaz nas populaçoes, nos anos que antecederam a morte de Cabral.

 

A independência encontrou-o ainda como locutor do PFA [Propaganda da Forças Armadas Portuguesa situada na actual Presidência da Republica da Guiné-Bissau]

 

No periodo da transição, conhece o António Alcântara Buscardini, 2° responsável da Rádio Libertação do PAIGC.

 

De fácil adapatação devido ao seu próprio temperamento baseado numa facilidade de comunicação e com as experiências que forjara no PFA, cêdo fez o seu lugar na nova rádio independente. Os dois homens resolveram colaborar na elaboração de programas do PAIGC em Bissau.

 

Dessa colaboração nasceria o programa "Korda Sintido" que o jornalista apresentava sob orientação do Buscardini, que pela ideia Cabralista de aproveitar as potencialidades dos filhos da terra, integrou Oscar barbosa na propaganda do P.A.I.G.C. Para desagrado de muitos membros do partido, que lhe tinham reservado outro destino.

 

O programa viria a ser "proibido" pela direcção do PAIGC por razões ditas de não respeito pela integridade moral das pessoas.

Jornalista provado, realizava interessantes despachos no estrangeiro.

 

No 14 de Novembro foi refugiar-se na Embaixada da então República Democrática Alemã donde se entregaria mais tarde aos golpistas depois de ter sido assegurado de que nada lhe aconteceria.

 

Anos depois viria a trabalhar na Presidência segundando o João Gomes na recepção do Presidente.

 

Dotado de uma inteligência e de uma capacidade intelectual inestimavel, revela-se, actualmente, como um perfeito analista da economia política da Guiné-Bissau.

 

Por vezes as suas atitudes demonstram uma certa arrogância, o que se poderia explicar pela sua própria educação mas também pelo facto de que sempre conseguiu "passar entre as gotas" sem ter que justificar as suas acções no passado remoto (PFA), no passado mais próximo (periodo de transição) e mais recente, mandato dos Presidentes Luís Cabral, Nino Vieira e Kumba Yalá.

 

Oscar barbosa, o Cancan, como é conhecido na Guiné, esteve em todas as fases do poder que passaram pela Guiné Bissau.

 

Neste momento dificil da nossa história, há quem o veja posicionado ao lado de Carlos Gomes jr em prejuizo a Nino Vieira que serviu anteriormente.

 

O Cancan poderia revelar muitas histórias escondidas, devido à sua experiencia e conhecimento de causa, que conheceu por dentro em todas as fases da vida política da Guiné, das quais foi sujeito activo ao lado dos lideres ou pelo menos dos que manejavam o país.


Um abraço dos que nunca resignam

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