O PAIGC E A SAGA DA CRISE INSTITUCIONAL
Reconhecendo as fragilidades da Base Parlamentar de sustentação do seu Governo, que resulta duma coabitação forçada com a APU-PDGB e baseada exclusivamente em interesses pessoais (claramente antagónicos) dos seus líderes e em obscuras conveniências que colidem com os interesses nacionais, era de prever que o Presidente do PAIGC tomaria as precauções necessárias para atribuir maior consistência ao seu Poder e assegurar o cumprimento integral do mandato deste Governo na presente legislatura, recorrendo ao Poder Presidencial para o efeito, numa conjuntura em que se torna evidente aos olhos do nosso povo o mal-estar que grassa no seio do PAIGC, com os Deputados da sua bancada fraccionados em alas com interesses muito divergentes, entretanto obrigados à partilhar um ambiente político inóspito e insuportável, onde imperam o medo, a traição, a hipocrisia, o ódio, a submissão a desconfiança e a ausência de credibilidade e de garantias.
É imprescindível salientar que o Líder do PAIGC, habituado à jogadas políticas pouco claras, baseadas nos nefastos principio de usar e descartar, prometer e não cumprir, perseguir, ameaçar, isolar e humilhar, define-se como o principal promotor dos males que assolam esta formação política e que normalmente acabam por abranger toda a sociedade, como foi o caso da crise institucional que paralisou o País desde 2014. Ou seja, desde que assumiu a liderança do PAIGC no seu VIII Congresso. Convém realçar que desde então a Guiné-Bissau nunca mais conheceu um período de acalmia e de sossego.
A avaliar pelo deplorável espectáculo promovido pelo PAIGC durante a eleição do Corpo Directivo da Assembleia Nacional para efeitos da abertura de um novo ciclo legislativo, pode-se deduzir que o seu Presidente não aprendeu absolutamente nada com os erros do passado e continua a portar-se de forma arrogante e prepotente, sem levar em consideração as mudanças operadas no tempo: mudaram as águas que passam debaixo das pontes, mudaram as próprias pontes e mudaram as pessoas que passam por cima das pontes.
Quando tudo parecia muito simples e previsível, obedecendo à um Regimento eficientemente aplicado desde os primórdios do Multipartidarismo no nosso País, eis que o PAIGC, movido pelo espírito de má fé e injustificável revanchismo, decidiu mais uma vez recorrer as suas habituais ferramentas (ódio, inveja, falsidade, intriga e hipocrisia), para complicar a situação e criar um ambiente cómico e duma crispação insustentável, digno dum filme de Charles Chaplin à mistura com o faroeste americano, próprio de um PAIGC agonizante, completamente desnorteado e desesperado pelo veredicto eleitoral que ditou o fim da sua hegemonia no xadrez político nacional.
Numa atitude rancorosa e repugnante, o Presidente do PAIGC instruiu os seus Deputados à votarem contra a candidatura do Coordenador Nacional do MADEM – G15, ao cargo de 2º Vice-Presidente da Assembleia Nacional, num gesto odioso, de pura inveja, de medo, de insegurança e de revanchismo, motivados pelo simples facto de o MADEM – G15 e o PRS terem viabilizado as eleições de Cipriano Cassamá e Nuno Gomes Nabian aos cargos de Presidente e 1º Vice-Presidente da ANP, respectivamente, contrariando a diabólica perspectiva do PAIGC que tudo fez para as inviabilizar.
Movido pelo ódio maquiavélico que nutre pelo Presidente da República e pelos demais membros da elite politica nacional que não partilham os seus ideais e que do seu ponto de vista, contribuíram para o afastar do Poder na transacta legislatura, o Presidente do PAIGC encontra na sua candidatura e hipotética vitoria presidencial a forma mais eficiente de materializar o seu sonho de os vingar e humilhar, fazendo-lhe pagar um alto preço por aquilo que ele considera uma traição política e um inequívoco Golpe de Estado;
O Presidente do PAIGC nunca escondeu a sua pretensão ao cargo de Presidente da República, apesar de estrategicamente o tenha utilizado para arrefecer os ânimos dos seus potenciais concorrentes à liderança do Partido, constituindo desta forma um vasto leque de pretendentes (Paulo Gomes, Cipriano Cassamá, Aristides Gomes, Serifo Nhamadjo, Carlos Gomes Júnior, Mário Rosa, etc.), à espera do prometido apoio do Partido e do seu Líder.
1. De um Movimento Interno “espontâneo” à suplicar à sua candidatura, podendo assim alegar pressões dos militantes, para justificar a sua tomada de decisão. E esse Movimento de Apoio à sua candidatura à Presidência da República no seio do Partido, já está criado;
2. De uma controvérsia com os Partidos da oposição, sobretudo com o Presidente da República, que inviabilize o seu empossamento no cargo de Primeiro-ministro. Seria um bom pretexto para justificar a sua candidatura à Presidência da República, “sem provocar tumultos no Partido” – uma jogada incrivelmente desonesta e chocante para os que durante os últimos quatro anos, se mantiveram fieis ao Presidente do PAIGC e aos compromissos assumidos, convencidos da boa-fé e da justeza das suas promessas.
Recusando a candidatura do Coordenador Nacional do MADEM – G15 em prol duma outra figura desta Formação Política, o Presidente do PAIGC espera que o Presidente da República o trate da mesma forma – que recuse empossa-lo, pedindo ao PAIGC que indigite outra figura das suas fileiras para chefiar o Governo, dando-lhe assim uma razão muito plausível para justificar a sua candidatura presidencial, embora o seu grande sonho é ser Primeiro-ministro, função que lhe permite controlar directamente as finanças públicas e se enriquecer ilicitamente, prosseguindo a saga do seu primeiro mandato.
Com base no supracitado, o Presidente do PAIGC sublinha três razões essenciais para sustentar a decisão de se candidatar à Presidência da República da Guiné-Bissau:
1. Vingar e humilhar o actual Presidente da República e todos os que, do seu ponto de vista, estiveram directamente envolvidos na queda do seu Governo;
2. Proteger o futuro Governo do PAIGC, reconhecidamente assente numa base parlamentar muito frágil e garantir a sua sobrevivência nos próximos quatro anos de legislatura;
3. A sua convicção pessoal, de que enquanto Líder partidário, a sua popularidade está muito acima da popularidade do seu Partido e de qualquer um dos outros pretendentes que contam com o apoio do PAIGC para avançar.
Qualquer acção suscita uma reacção. Perante este eminente perigo à paz e a estabilidade do País, o Presidente da República, enquanto garante da soberania nacional e da Ordem Constitucional, tem o sagrado dever de mobilizar à sua volta todas as forças progressistas do País, dispostas à investir o melhor de si, para não permitir que a Guiné-Bissau seja mais uma vez arrastada para um ciclo de violência gratuita e injustificada crise institucional, recusando posse ao Presidente do PAIGC em prol de uma figura mais idónea e responsável desta formação política, assim como recusar posse à todos os membros deste Partido que na legislatura transacta figuravam na lista de indiciados por crimes de corrupção activa e branqueamento de capitais e que só se safaram da prisão por causa da corrupção qua grassa no nosso sistema judicial.
As demais Forças Politicas que não se revêem nos princípios e formas de actuação do PAIGC, devem apoiar o Presidente da República nas suas diligências, decisões e acções concretas, constituindo uma força coesa e capaz de lidar com as pressões internas e externas que impreterivelmente se farão sentir nessa situação, assumindo a plenitude do Poder, para se munirem de capacidade política e económico-financeira, imprescindíveis à um esforço colectivo concertado, que lhes permita assegurar a reeleição do actual Presidente da República, reconhecendo na hipotética vitória do Presidente do PAIGC nessas eleições, uma desgraça nacional, um perigo para a nossa Soberania e um prelúdio à continuidade da crise institucional.
• IAGU DI PAGA FUGU KA TA KUDJIDU!
• JUNTOS, SEREMOS MAIS FORTES E CAPAZES DE PROMOVER AS INADIÁVEIS MUDANÇAS QUE O PAÍS RECLAMA!
O Conselheiro de Estado.
Reconhecendo as fragilidades da Base Parlamentar de sustentação do seu Governo, que resulta duma coabitação forçada com a APU-PDGB e baseada exclusivamente em interesses pessoais (claramente antagónicos) dos seus líderes e em obscuras conveniências que colidem com os interesses nacionais, era de prever que o Presidente do PAIGC tomaria as precauções necessárias para atribuir maior consistência ao seu Poder e assegurar o cumprimento integral do mandato deste Governo na presente legislatura, recorrendo ao Poder Presidencial para o efeito, numa conjuntura em que se torna evidente aos olhos do nosso povo o mal-estar que grassa no seio do PAIGC, com os Deputados da sua bancada fraccionados em alas com interesses muito divergentes, entretanto obrigados à partilhar um ambiente político inóspito e insuportável, onde imperam o medo, a traição, a hipocrisia, o ódio, a submissão a desconfiança e a ausência de credibilidade e de garantias.
É imprescindível salientar que o Líder do PAIGC, habituado à jogadas políticas pouco claras, baseadas nos nefastos principio de usar e descartar, prometer e não cumprir, perseguir, ameaçar, isolar e humilhar, define-se como o principal promotor dos males que assolam esta formação política e que normalmente acabam por abranger toda a sociedade, como foi o caso da crise institucional que paralisou o País desde 2014. Ou seja, desde que assumiu a liderança do PAIGC no seu VIII Congresso. Convém realçar que desde então a Guiné-Bissau nunca mais conheceu um período de acalmia e de sossego.
A avaliar pelo deplorável espectáculo promovido pelo PAIGC durante a eleição do Corpo Directivo da Assembleia Nacional para efeitos da abertura de um novo ciclo legislativo, pode-se deduzir que o seu Presidente não aprendeu absolutamente nada com os erros do passado e continua a portar-se de forma arrogante e prepotente, sem levar em consideração as mudanças operadas no tempo: mudaram as águas que passam debaixo das pontes, mudaram as próprias pontes e mudaram as pessoas que passam por cima das pontes.
Quando tudo parecia muito simples e previsível, obedecendo à um Regimento eficientemente aplicado desde os primórdios do Multipartidarismo no nosso País, eis que o PAIGC, movido pelo espírito de má fé e injustificável revanchismo, decidiu mais uma vez recorrer as suas habituais ferramentas (ódio, inveja, falsidade, intriga e hipocrisia), para complicar a situação e criar um ambiente cómico e duma crispação insustentável, digno dum filme de Charles Chaplin à mistura com o faroeste americano, próprio de um PAIGC agonizante, completamente desnorteado e desesperado pelo veredicto eleitoral que ditou o fim da sua hegemonia no xadrez político nacional.
Numa atitude rancorosa e repugnante, o Presidente do PAIGC instruiu os seus Deputados à votarem contra a candidatura do Coordenador Nacional do MADEM – G15, ao cargo de 2º Vice-Presidente da Assembleia Nacional, num gesto odioso, de pura inveja, de medo, de insegurança e de revanchismo, motivados pelo simples facto de o MADEM – G15 e o PRS terem viabilizado as eleições de Cipriano Cassamá e Nuno Gomes Nabian aos cargos de Presidente e 1º Vice-Presidente da ANP, respectivamente, contrariando a diabólica perspectiva do PAIGC que tudo fez para as inviabilizar.
Movido pelo ódio maquiavélico que nutre pelo Presidente da República e pelos demais membros da elite politica nacional que não partilham os seus ideais e que do seu ponto de vista, contribuíram para o afastar do Poder na transacta legislatura, o Presidente do PAIGC encontra na sua candidatura e hipotética vitoria presidencial a forma mais eficiente de materializar o seu sonho de os vingar e humilhar, fazendo-lhe pagar um alto preço por aquilo que ele considera uma traição política e um inequívoco Golpe de Estado;
O Presidente do PAIGC nunca escondeu a sua pretensão ao cargo de Presidente da República, apesar de estrategicamente o tenha utilizado para arrefecer os ânimos dos seus potenciais concorrentes à liderança do Partido, constituindo desta forma um vasto leque de pretendentes (Paulo Gomes, Cipriano Cassamá, Aristides Gomes, Serifo Nhamadjo, Carlos Gomes Júnior, Mário Rosa, etc.), à espera do prometido apoio do Partido e do seu Líder.
Neste contexto tão peculiar, é obvio que o Presidente do PAIGC necessita de fundamentos muito plausíveis que lhe atribuam as prerrogativas de ser ele à concorrer às Presidenciais:
1. De um Movimento Interno “espontâneo” à suplicar à sua candidatura, podendo assim alegar pressões dos militantes, para justificar a sua tomada de decisão. E esse Movimento de Apoio à sua candidatura à Presidência da República no seio do Partido, já está criado;
2. De uma controvérsia com os Partidos da oposição, sobretudo com o Presidente da República, que inviabilize o seu empossamento no cargo de Primeiro-ministro. Seria um bom pretexto para justificar a sua candidatura à Presidência da República, “sem provocar tumultos no Partido” – uma jogada incrivelmente desonesta e chocante para os que durante os últimos quatro anos, se mantiveram fieis ao Presidente do PAIGC e aos compromissos assumidos, convencidos da boa-fé e da justeza das suas promessas.
Recusando a candidatura do Coordenador Nacional do MADEM – G15 em prol duma outra figura desta Formação Política, o Presidente do PAIGC espera que o Presidente da República o trate da mesma forma – que recuse empossa-lo, pedindo ao PAIGC que indigite outra figura das suas fileiras para chefiar o Governo, dando-lhe assim uma razão muito plausível para justificar a sua candidatura presidencial, embora o seu grande sonho é ser Primeiro-ministro, função que lhe permite controlar directamente as finanças públicas e se enriquecer ilicitamente, prosseguindo a saga do seu primeiro mandato.
Com base no supracitado, o Presidente do PAIGC sublinha três razões essenciais para sustentar a decisão de se candidatar à Presidência da República da Guiné-Bissau:
1. Vingar e humilhar o actual Presidente da República e todos os que, do seu ponto de vista, estiveram directamente envolvidos na queda do seu Governo;
2. Proteger o futuro Governo do PAIGC, reconhecidamente assente numa base parlamentar muito frágil e garantir a sua sobrevivência nos próximos quatro anos de legislatura;
3. A sua convicção pessoal, de que enquanto Líder partidário, a sua popularidade está muito acima da popularidade do seu Partido e de qualquer um dos outros pretendentes que contam com o apoio do PAIGC para avançar.
Qualquer acção suscita uma reacção. Perante este eminente perigo à paz e a estabilidade do País, o Presidente da República, enquanto garante da soberania nacional e da Ordem Constitucional, tem o sagrado dever de mobilizar à sua volta todas as forças progressistas do País, dispostas à investir o melhor de si, para não permitir que a Guiné-Bissau seja mais uma vez arrastada para um ciclo de violência gratuita e injustificada crise institucional, recusando posse ao Presidente do PAIGC em prol de uma figura mais idónea e responsável desta formação política, assim como recusar posse à todos os membros deste Partido que na legislatura transacta figuravam na lista de indiciados por crimes de corrupção activa e branqueamento de capitais e que só se safaram da prisão por causa da corrupção qua grassa no nosso sistema judicial.
As demais Forças Politicas que não se revêem nos princípios e formas de actuação do PAIGC, devem apoiar o Presidente da República nas suas diligências, decisões e acções concretas, constituindo uma força coesa e capaz de lidar com as pressões internas e externas que impreterivelmente se farão sentir nessa situação, assumindo a plenitude do Poder, para se munirem de capacidade política e económico-financeira, imprescindíveis à um esforço colectivo concertado, que lhes permita assegurar a reeleição do actual Presidente da República, reconhecendo na hipotética vitória do Presidente do PAIGC nessas eleições, uma desgraça nacional, um perigo para a nossa Soberania e um prelúdio à continuidade da crise institucional.
• IAGU DI PAGA FUGU KA TA KUDJIDU!
• JUNTOS, SEREMOS MAIS FORTES E CAPAZES DE PROMOVER AS INADIÁVEIS MUDANÇAS QUE O PAÍS RECLAMA!
O Conselheiro de Estado.
01/05/2019
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