Os
partidos habituais, os mesmos que contribuíram para o bloqueio e a estagnação
do país desde 1994, querem continuar a ser relevantes, com a ajuda de caos
eleitoral, da "comunidade internacional" e da disfunção política.
E é
por isso que está claramente em andamento um plano para hipotecar o pouco que
restava da democracia guineense. E estes partidos, uma meia dúzia deles, vão
fazer tudo para que este processo eleitoral não decorra bem -- para simular
graves condições políticas internas pós-eleitorais -- e, consequentemente,
reforçarem a necessidade para a aplicação do seu Acordo de Estabilidade
(excluindo a maioria dos partidos políticos guineenses), sob os auspícios da
CEDEAO e da Comunidade internacional (i.e. P5).
Já vi este circo político -- à
imagem de cruel drama televisivo "House of Cards" que, infelizmente
para nós, começou com o Acordo de Conacri e passou pela adenda de Lomé. E
também infelizmente para nós -- por calculismo, incompetência e cumplicidade --
a metrópole política da Guiné-Bissau passou a ser a Abuja ou rotativamente
outros países e capitais da sub-região.
O nosso Presidente da República, a
nossa Constituição da República e as nossas leis são apenas umas tantas
"figuras e amostras" para os menos atentos, ou seja, a maioria da
população que ainda acredita no existencialismo dum Estado e de um país.
Todavia, por menos atento que ele seja, o povo guineense deve exigir o devido
respeito. O MGD certamente exige respeito para com ele. Nós nunca faremos parte
da conspiração política em andamento para minar o que ainda resta da nossa
democracia e da nossa soberania.
Se vamos ter eleições, então que sejam livres,
justas e transparentes. E que sejam, sobretudo, democráticas. Caso contrário,
tragam agora ao público a propalada proposta parlamentar de "Estabilidade
Política" e vamos todos à mesa de negociação e em pé de igualdade. Desta
forma pelo menos poupariam o dinheiro da própria comunidade internacional e o
sacrifício do povo guineense.
--Umaro Djau Presidente, MGD 28 de Setembro de
2018
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