Um
pais com cheiro de sangue
Foram muitas almas mortas durante a colonização.
Tantas almas vendidas e destroçadas durante a
escravatura.
Muitos compatriotas mortos nas guerras étnico-tribais.
Homens e mulheres morreram durante a resistência.
Quantos ficaram na luta?
Não há uma estatística exata sobre combatentes e
população civil mortas durante a luta pela independência.
A história ainda não esclareceu as alegadas vítimas
das valas comuns do regime do presidente Luís Cabral.
Perdemos muitas almas inocentes durante a guerra civil
de 1998. E nos sucessivos levantamentos militares de pós-7 de junho.
A nossa memória recente de homens mortos e
desaparecidos sem que houvesse justiça.
As sucessivas disputas eleitorais que culminaram com
mortes, golpes de estado, etc…
E hoje, mais uma vez estamos a assistir pacificamente
atropelos no processo de recenseamento eleitoral que de antemão sabemos que
poderá trazer problemas, e estamos calados.
Estamos a alegar a imposição da CEDEAO e da Comunidade
Internacional para a realização do escrutínio a data marcada.
Os grandes partidos Políticos a fingirem que tudo está
conforme, porque acham que estarão em vantagens.
Mais uma vez o País a cheirar sangue e carnificina,
que o nosso egoísmo partidário não consegue sentir e nem ver.
Mas, desta vez, tudo será diferente. Porque conhecemos
e identificamos pessoas singulares e coletivas a responsabilizar, incluindo a
CEDEAO se insistirem com eleições a 18 de novembro sem que seja respeitada a
constituição da Guiné-Bissau, no que concerne as leis eleitorais.
E desta vez, ninguém viajará para o estrangeiro
pedindo áxilo político com a tese de que não esteve envolvido nesta decisão.
Basta de sangue neste país.
Não queremos mais mortes e mutilações neste País.
Queremos o desenvolvimento e bem-estar do nosso Povo.
Queremos eleições Livres, Justas e Transparentes,
respeitando a constituição da república
Viva a Democracia, que vença a Vontade Popular.
Blungudjibá
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