Uma nova forma
de fazer politiquices
Mestre Ismael Sadilú
Sanhá
Hoje
quando decidi fazer uma radiografia sobre a política no mundo atual ocorreu-me
que na política não deve valer tudo.
Porém,
infelizmente, algumas pessoas têm recorrido à política do “bota abaixo” para
macular e colocar no purgatório os colegas da mesma trincheira, pois tudo fazem
para impedir quiçá a sua ascensão ou caso seja possível, afasta-los
definitivamente do cenário político.
A
invenção e a calúnia têm sido utilizadas para dizer que as pessoas não estão de
corpo e alma no partido pela sua amizade ou simplesmente pela sua forma de
pensar. E só a cabeça de um totó, pode aceitar que uma vez que se milita num
partido e faz política ativa aos olhos de toda gente, se pode pensar que se
deve estar lá só porque se adora fazer papel do bobo da corte. O mais
intrigante, é que quando se pede para provar, o acusador simplesmente não
consegue. Uma coisa é não gostar de fulano ou sicrano, outra é quando se trata
de questões meramente partidárias.
Como
disse e bem, um alto dirigente do MADEM-G15 “jamais será permitido que alguém
condicione a sua amizade ou com quem deve falar ou deixar de falar”.
No
entanto, uns podem manter intactas as suas velhas amizades ou até fazer novas
do outro lado da barricada, só porque acham que pode coartar o direito dos
outros.
Assim,
é mais que evidente que na política não existem inimigos permanentes, mas sim
adversários circunstanciais que num momento podem ter ideais divergentes e
noutro ideias coincidentes.
Quando
o Pedro Santa Lopes decidiu renunciar a sua militância no PSD por não se rever
na política de atual direção, o que para além de ser um dos pressupostos
básicos da democracia, que é liberdade de escolher e de dar opinião, evitou-se
sem dúvida que o partido fosse fustigado pela luta intestinal e por uma disputa
que ninguém pode prever o alcance. Camaradas deixemo-nos de guerrinhas sem
cabimento e vamos sobretudo trabalhar em prol do nosso partido, com vista à
vitória final, porque a intriga e a tentativa de eliminar o outro, não será uma
panaceia.
Este
tipo de comportamento já deu cabo de muitos partidos e de organizações de alta
dimensão.
As
pessoas estão ou não estão connosco, mas ninguém pode obrigar alguém a ir onde
não quer, porque se a pessoa está lá é porque quer.
Mas
como é que possível uma pessoa ser militante e pertencer aos órgãos de um
partido e não se entregar a 100%? No mínimo além de ser ridículo é uma
estupidez.
Se
há democracia e liberdade de escolha, cada um escolhe onde quer ir e o que quer
fazer.
Bissau,
03 de outubro de 2018
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